“É ferida que dói e não se sente”. Será mesmo ? Acho que não.

 
 
“Meme tomou-lhe a mão e se deixou levar. A última vez que Fernanda a viu,
tentando acertar o passo com a noviça, acabava de se fechar detrás dela a grade de
ferro da clausura. Ainda pensava em Mauricio Babilônia, no seu cheiro de óleo e no seu
âmbito de borboletas, e continuaria pensando nele todos os dias de sua vida até a
remota madrugada de outono em que morreria de velhice, com o nome trocado e sem
ter dito nunca uma só palavra, num tenebroso hospital de Cracóvia”.
 
 
 
 
 Cem Anos de Solidão – Gabriel Garcia Marquez

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